Movimento feminista no brasil

Os caminhos da luta pelos direitos das mulheres e pela igualdade das minorias sempre estiveram interligados. No Brasil colonial, pouco se conseguiu nesse sentido. A cultura de opressão de minorias, desigualdade e patriarcado estava profundamente enraizada. As mulheres eram propriedade de quem era o chefe da família. A luta durante este período ocorreu em condições muito desfavoráveis. As principais áreas de atuação foram a vida política, a educação, o direito ao divórcio e o livre acesso ao mercado de trabalho.

Durante o período imperial, as mulheres tinham direito à educação. D. Floresta, fundadora da primeira escola para meninas e defensora da libertação feminina, tornou-se uma figura importante. Até então, as mulheres eram efetivamente excluídas da participação na política e não eram reconhecidas como eleitoras.

Sob a influência da imigração europeia, as pessoas exigiam melhores condições de trabalho nas fábricas. Suas reivindicações incluíam a restrição do trabalho para mulheres, jornada de oito horas e a abolição do trabalho noturno. Nesse mesmo ano, o Conselho de Mulheres da Organização Internacional do Trabalho adotou uma resolução sobre igualdade de remuneração e promoção na administração pública.

No início do século XX, iniciou-se um novo debate sobre a participação política das mulheres: em 1922, foi fundada a Associação Brasileira, cujos objetivos principais eram a luta pelo sufrágio e pela mão de obra gratuita. Seis anos depois, as mulheres conquistaram o direito de voto pela primeira vez, e o primeiro prefeito do país foi eleito no mesmo ano. Ambas as leis foram posteriormente revogadas, mas abriram um excelente precedente para o debate sobre os direitos políticos das minorias.

Alguns anos depois, o governo de J. Vargas garantiu o direito das mulheres de votar e ser eleita, o que foi incluído no texto da Lei Provisória Eleitoral e implementado pela primeira vez na Constituição de 1946. Um ano após a aprovação do decreto, foram eleitos deputados federais e membros da primeira Assembleia Constituinte do Brasil.

No caminho para sua ratificação, as ativistas feministas promoveram suas ideias por meio de conferências, jornais e artes em geral. Eles promoveram com muita eficácia todas as formas de opressão e seus direitos não reconhecidos. Portanto, greves, sindicatos e revistas anarquistas eram frequentemente usadas para promover a luta e a conquista.

Durante as duas ditaduras que o país passou, o movimento perdeu a maior parte de sua força. No entanto, sucessos como a criação do Fundo da Mulher Brasileira e a aprovação de uma lei do divórcio foram alcançados. Na década de 1980, foi criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, cuja fundadora foi nomeada vice-ministra da Política.

A partir da década de 1960, o movimento fez campanha sobre questões que ainda precisam ser melhoradas hoje, como acesso à contracepção, igualdade de gênero, proteção contra violência doméstica, igualdade salarial e apoio a casos de assédio.

Movimento Feminista: Ambição

O movimento feminista tem alcançado resultados significativos que muitas vezes passam despercebidos. No entanto, os direitos e a igualdade ainda estão muito distantes.

Muitos aspectos do programa requerem atenção, como participação política limitada e casos de assédio e preconceito. Há uma clara necessidade de triagem, mais informação.

Muitos no movimento feminista também estão pedindo a descriminalização do aborto.

Analisando o ordenamento jurídico atual, podemos dizer que a lei de Maria da Peña é uma das grandes vitórias do movimento. A lei é dedicada a um farmacêutico que ficou paraplégico em consequência de anos de violência doméstica. Destina-se a punir com mais severidade os autores de agressões, geralmente por chefes de família do sexo masculino. Como resultado, desde 2015, a taxa de homicídios diminuiu 10%. As punições por agressão física também incluem abuso psicológico, sexual e de propriedade, bem como proteção ao denunciante.

Durante o governo do ex-presidente D. Rousseff, foi aprovada uma lei que incluía atos de violência no rol de crimes graves. Afirma que os direitos e deveres de homens e mulheres são iguais, o que é uma conquista muito valiosa em comparação com o Código Civil de 1916, segundo o qual as mulheres só podiam fazer muitas coisas com a permissão do marido.

Outra conquista importante do movimento feminista foi o direito à licença maternidade mais longa.

Dada a história desse movimento, mesmo que não tenha sido reconhecido, suas ações sempre foram polêmicas nas sociedades tradicionais, independentemente da época. Os brasileiros hoje relutam muito em reconhecer a existência de uma cultura de opressão, e geralmente há forte resistência às manifestações de organizações feministas associadas à política de esquerda do país. Uma reação semelhante é observada ao discutir vários assuntos nas redes sociais. Até a amamentação pública tem sido alvo de ataques de grupos contrários à prática.

A descriminalização do aborto é atualmente o principal objetivo da oposição. Essa questão se tornou uma das mais polêmicas do feminismo brasileiro nos últimos tempos.

A falta de participação das mulheres na vida política também é discutida. A política pública deve atender às necessidades da população feminina, garantir a igualdade de gênero, garantir a subsistência e a participação em atividades que excluam as minorias.

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